Bolsonaro diz que passou a acreditar no voto eletrônico nas eleições de 2022: “Vai ser confiável”
Foto: Reprodução/Youtube – 05.nov.2021
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira (5) que o sistema de votação eletrônica será seguro nas eleições de 2022 por causa do acompanhamento dos militares na comissão criada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
“Tenho tranquilidade, porque o voto eletrônico vai ser confiável ano que vem. Por quê? Porque tem portaria do presidente do TSE, o Barroso, convidando entidades para participar das eleições, entre elas as nossas, as suas Forças Armadas.
Bolsonaro completou: “Eu determinei ao ministro da Defesa [Walter Braga Netto], já que fomos convidados, aceitamos e passamos a acreditar no voto eletrônico e nós, das Forças Armadas, com as suas equipes de inteligência, participaremos de todo o processo eleitoral lá do código-fonte até a sala secreta”.
O chefe do Executivo deu a declaração em Ponta Grossa (PR), estado dos deputados Ricardo Barros (PP-PR) e Aline Sleutjes (PSL-PR). Ele participou de solenidade de entrega da ampliação de sistemas de abastecimento de água.
Na cerimônia, Bolsonaro, apesar de recuar quanto às críticas ao sistema eleitoral, criticou o TSE por cassar o mandato do deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR). O parlamentar foi acusado de disseminar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas no 1º turno das eleições de 2018. Foi o 1º caso de cassação de mandado eletivo por fake news eleitoral.
“Há 3 anos não converso com o deputado Francischini. A cassação dele foi um estupro, por ter feito uma live 12 minutos antes. Não influenciou em nada, ele era deputado federal, foi uma violência, mesmo que por ventura alguém não goste dele aqui”, declarou.
O presidente continuou, em defesa de Arthur Lira (PP-AL): aquela cassação foi uma violência contra a democracia. “Quem deveria reagir em 1º lugar [à cassação] é o presidente da assembleia, assim como Lira reagiu quando aquela CPI do Renan Calheiros indiciou alguns deputados federais, isso não pode acontecer. Os parlamentares têm imunidade sobre quaisquer palavras, opiniões e votos”.
Poder 360