Especialista explica ataques de tubarão e diz que casos não são comuns no RN

Foto: Pixabay

A praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes-PE, na Grande Recife, foi local de dois ataques de tubarão. A região é reconhecida pelo risco aos banhistas, com sinalização de perigo e orientação de bombeiros. Segundo o professor do Departamento de Oceonografia e Limnologia da UFRN, Guilherme Longo, a alteração do ecossistema costeiro da região favoreceu a frequência dos casos.

“Teve a cosntrução de um grande porto [Suape], teve uma série de alterações na orla para o desenvolvimento costeiro e isso acabou alterando demais o ambiente que os tubarões usavam para se alimentar e eles acabaram mudando e se aproximando ainda mais da costa. E aí tem uma combinação de fatores: ambiente muito alterado e a água é relativamente turva, porque como está no raso há muita subtensão de areia, então o tubarão morde para depois perguntar quem era. É uma coisa bem acidental mesmo”, explica o professor.

O docente acrescenta que os tubarões não mordem porque estejam com fome, mas por sentir a presença ou haver o toque com o humano, ele morde para se defender.

Em escala local, ele diz que não tem conhecimento de histórico de ataques de tubarão no Rio Grande do Norte. “A gente também não tem uma alteração de ecossistema tão grande como aquela região da Grande Recife. Eu não vejo nenhum local no Rio Grande do Norte que a gente consiga fazer um paralelo”, afirma.

O professor diz que a costa potiguar tem tubarões que têm histórico baixo de usar áreas rasas de praia. O mais frequente deles é o tubarão-lixa.

Tribuna do Norte

Daniel Pereira

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