Nilda diz que gestão Taveira deixou dívida que pode chegar a R$ 150 milhões em Parnamirim
A nova prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz (Solidariedade), afirmou nesta sexta-feira (10) que a gestão do ex-prefeito Rosano Taveira (Republicanos), encerrada em 31 de dezembro de 2024, deixou uma dívida que pode chegar a R$ 150 milhões, além de serviços básicos em colapso.
“Nós encontramos pior do que esperávamos. Na verdade, a cidade de Parnamirim estava abandonada, administrativamente falando. Pegamos uma dívida muito alta, de aproximadamente R$ 110 milhões, mas que pode chegar a R$ 150 milhões, considerando previdenciárias, trabalhistas, tributárias e parcelamentos”, afirmou a prefeita, em entrevista à rádio Cidade.
A prefeita disse que as dívidas vão além da questão previdenciária e incluem fornecedores com pagamentos atrasados. “Tem alguns contratos, inclusive o transporte da vigilância sanitária, que queriam parar o serviço porque os pagamentos estavam atrasados havia dois meses. Mas pedimos compreensão, e estamos abrindo diálogo para que os serviços essenciais não parem”, disse.
O cenário encontrado na saúde pública também foi alvo de críticas da nova prefeita. Nilda classificou a situação como “caótica” e denunciou a falta de planejamento e de controle. “Recebemos uma saúde na UTI. Visitamos a UPA, a Maternidade Divino Amor e o Hospital Márcio Marinho. Faltavam medicamentos essenciais, insumos básicos e até ambulâncias estavam quebradas”, relatou.
Ela também mencionou problemas na gestão do estoque de medicamentos. “Estive no galpão de medicamentos e vi a falta de controle na entrada e saída dos insumos. Alguns medicamentos já estavam vencidos, o que mostra o descaso e a falta de zelo com o dinheiro público.”
A prefeita anunciou que medidas mais rigorosas poderão ser tomadas. “Vamos solicitar auditoria nos recursos da saúde pública assim que finalizarmos a transição e encaminharmos o relatório ao Tribunal de Contas. Queremos garantir que tudo seja feito com transparência”, garantiu.