Júri do caso Zaira começa nesta segunda-feira (1º) em Natal
O julgamento do caso envolvendo a morte da universitária Zaira Dantas Silveira Cruz começou na manhã desta segunda-feira (1º), no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal. Um jovem, de 22 anos, foi encontrado morto no dia 2 de março de 2019, durante o Carnaval de Caicó, no Seridó potiguar. O réu é o policial militar Pedro Inácio Araújo de Maria, que responde por estupro e homicídio. Ele nega todas as acusações.
A sessão do júri popular é restrita a familiares da vítima e do acusado, devido ao caráter sigiloso do processo. A expectativa é de que os trabalhos se prolonguem ao longo da semana, com depoimentos de mais de 20 testemunhas e análise de milhares de páginas que compõem os autos — são cerca de 7 mil laudas.
O caso ganhou grande repercussão no Rio Grande do Norte desde 2019. Inicialmente, o processo tramitou em Caicó, mas foi transferido para a capital após pedido da defesa, que questionou a imparcialidade do julgamento no município onde o crime ocorreu.
Pedro Inácio está preso há sete anos e afirma ser inocente. A defesa sustenta que há inconsistências nas provas que embasam uma denúncia. Já o Ministério Público aponta que um jovem foi estuprado e morto por estrangulamento, e considera o policial militar responsável pelo crime.
Com o início do júri, o caso volta a mobilizar a atenção do estado, marcado pela longa investigação e pela disputa entre versões apresentadas pelas partes ao longo dos últimos anos. O julgamento deve seguir até sexta-feira (5), salvo alterações na programação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
