Câmara aprova texto-base de projeto que inclui coveiros, garis, taxistas e oficiais de justiça nas prioridades de vacinação

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (31) o texto-base do projeto que amplia os grupos que deverão ser considerados prioritários no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação e inclui coveiros, garis, taxistas, agentes de segurança pública e privada, entre outros, na relação.

Já o projeto que permite que empresas vacinem funcionários ou familiares de primeiro grau de trabalhadores, anunciado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na manhã desta quarta, foi adiado para a próxima semana.

O texto-base do projeto que amplia os grupos prioritários foi aprovado em votação simbólica. Os deputados vão apreciar na próxima terça (6) modificações que podem incluir mais categorias entre as prioridades. A seguir, o projeto segue ao Senado.

No projeto, a relatora, deputada Celina Leão (PP-DF), especificou algumas categorias que devem ser consideradas prioritárias em dispositivo abaixo do que trata do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação, elaborado pelo Ministério da Saúde.

O projeto inicial, do deputado Vicentinho Junior (PL-TO), contemplava grupos que já são considerados prioridade no plano do Ministério da Saúde, ampliando algumas categorias –os indígenas, por exemplo, não teriam a exigência que existe no programa do governo de precisar viver em terras indígenas.

Caminhoneiros, profissionais de saúde, idosos, pessoas com doenças crônicas e professores já estão contemplados como prioridades no PNI, o plano nacional de imunização do ministério.

Além desses grupos, foram incluídos agentes de segurança pública e privada, trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social e das entidades e organizações de assistência social, assim como conselheiros tutelares que prestam atendimento ao público.

Contemplou ainda coveiros, atendentes e agentes funerários, taxistas e mototaxistas, profissionais que trabalham em farmácias, profissionais de limpeza pública e oficiais de justiça.

A aprovação ocorre em meio a críticas do Congresso pelo descumprimento da vacinação prioritária.

Na última quinta-feira (25), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que não considera ético e que não se pode tolerar que pessoas estejam comprando e tomando vacinas particulares contra o novo coronavírus, desrespeitando a ordem de prioridades estabelecidas no plano.

As críticas ocorrem também em meio a anúncios de governadores de vacinação de grupos que não estão entre as prioridades do plano de imunização.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por exemplo, anunciou o início da vacinação de professores e policiais para abril, embora em outros estados outros grupos prioritários ainda não tenham sido imunizados.

No Rio de Janeiro, o governador em exercício Cláudio Castro (PSC) decidiu começar a vacinar suas forças de segurança contra a Covid-19 a partir de 12 de abril, também antes de outros grupos considerados prioritários pelo Ministério da Saúde.

Já o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), defendeu vacinação de moradores de rua e profissionais de saúde acima de 53 anos.

FOLHAPRESS

Daniel Pereira

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