Ministério da Saúde muda diretriz e orienta que estados não reservem doses da CoronaVac
Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
O Ministério da Saúde mudou a orientação dada a secretarias de saúde em relação à utilização de doses da vacina CoronaVac. A indicação do sétimo informe técnico da pasta é que todas as doses distribuídas do imunizante sejam aplicadas, sem necessidade de reserva da segunda dose para completar o esquema vacinal.
A pasta comunicou ainda que essa orientação será atualizada semanalmente. Neste sábado, serão distribuídas 4,9 milhões de doses, das quais 3,9 milhões são CoronaVac e 1 milhão da vacina de Oxford.
A medida atende a um pedido feito pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), na sexta-feira, que solicitou ao governo federal a mudança nas regras de armazenamento de segunda dose do programa de vacinação contra a Covid-19. A medida tem intenção de ampliar a cobertura vacinal da população com a primeira dose.
A orientação vale somente para as remessas entregues na última terça e neste sábado (etapas 8 e 9), as vacinas já enviadas anteriormente (etapas 5,6 e 7) devem seguir o previsto de utilizar as doses reservadas para efetuar a segunda aplicação para completar o esquema. Com a mudança, a pasta determina a imunização de 100% dos povos ribeirinhos e 63% dos quilombolas.
“O MS disponibilizará, em tempo oportuno, essas doses”, afirma o documento técnico da pasta em referência às doses para segunda aplicação.
A avaliação interna é que como a produção de vacinas do Instituto Butantan ganhou ritmo, há segurança para orientar a aplicação de imunizantes sem a necessidade de reserva da segunda dose.
“Ainda, considerada a ascensão dos casos e a importância de promover aceleração da vacinação e a redução dos casos graves de covid-19, a pactuação triparte passa a ocorrer com periodicidade semanal (terça-feira), para a reavaliação continuada da estratégia de distribuição das vacinas do Laboratório Butantan, em esquema de entrega consecuva das D1 (dose 1) e posterior remessa das D2 (dose 2), complementando o esquema vacinal”, diz o informe do Ministério, acrescentando:
“Esclarece-se que todas as reuniões semanais para pactuação ocorrerão com a parcipação do Laboratório Butantan, objevando a confirmação das entregas e a garana da disponibilidade da D2 para complementação do esquema em período definido em bula (4 semanas entre doses).”
O Globo