Natal tem 700 pontos de descarte irregular de lixo, segundo a Urbana
Foto: Magnus Nascimento
As placas de “não jogue lixo aqui” e “sujeito a multa” não foram suficientes para impedir que dois homens numa carroça despejassem restos de móveis, cadeiras velhas e outros materiais num terreno onde será construída a Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, na avenida da Integração, bairro de Candelária. O descarte irregular de lixo é crime ambiental, passível de multa.
Esse é um dos 700 entre pequenos e grandes pontos de descarte irregular de lixo da capital potiguar, segundo informações da Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana). Todos esses pontos geram, por mês, entre 13 e 14 mil toneladas de lixo. As multas por esse crime aumentaram em 2022, saltando de 21 em 2021 para 40 no ano passado, aumento de quase 100%.
O presidente da Urbana, Joseildes Medeiros, lamenta a falta de educação da população e cita que a cidade tem coleta de lixo periódica três vezes por semana nos bairros, o que não justificaria o descarte irregular de lixo por parte dos munícipes.
“São pontos de lixo onde não há necessidade de estar esse material depositado, mas a população faz essa deposição indevidamente. A Urbana limpa, periodicamente vamos nos pontos e fazemos a limpeza. É uma briga de gato e rato: nós limpamos e a população vai e suja de novo. Temos uma frequência periódica de estar nesses pontos limpando”, comenta. “Existem muitos catadores informais e clandestinos, que pegam esses sacos de lixo, fazem a triagem e o que precisam, utilizam e o que não aproveita, jogam nesses terrenos”, acrescenta.