Investigado por desvio, secretário critica delegada escolhida por Fátima para apurar crimes contra patrimônio público
Foto: Ivanízio Ramos
O ex-controlador-geral e atual secretário de Administração e Recursos Humanos, Pedro Lopes, divulgou uma nota e comentou a operação da qual foi alvo, deflagrada pela Polícia Civil do RN, nesta quarta-feira (8). Na nota, Lopes dá a entender que sofre perseguição da delegada autora da investigação, Karla Viviane, e cita uma operação considerada por ele como “desastrosa”.
Vale lembrar que o Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR) foi criado pela própria governadora, Fátima Bezerra (PT). E, na época da oficialização do Departamento, causou polêmica o fato de que a governadora seria responsável pela escolha da delegada titular do setor, que foi escolhida por ele como sendo Karla Viviane, que está tendo o trabalho hoje questionado por Lopes.
Na internet, inclusive, é possível encontrar uma imagem divulgada em 2019, quando a lei de criação da DECCOR foi sancionada. Na foto oficial, estavam juntos Fátima, Pedro Lopes e a própria Karla Vivianne.
Na nota, o ex-controlador afirmou: “ademais, aguardo a abertura do sigilo do processo judicial que ensejou os mandatos de busca e apreensão para tomar conhecimento da petição acostada pela delegada responsável pelo caso, karla viviane, pois aqui aproveito para recordar sua atuação desastrosa no inquérito que culminou na prisão ilegítima da auditora fiscal alyne bautista, em abril de 2021.”
Em contrapartida, a associação de delegados de polícia divulgou uma nota: “a Adepol destaca que a polícia civil é um órgão de estado e não de governo, formada por profissionais capacitados. a polícia judiciária, operadora do direito, investiga fatos e não pessoas, atingindo em suas investigações, quem quer que seja, independente de qual cargo ou função ocupe”.
Situação curiosa é que, apesar de ter enviado a nota para a TN, o ex-controlador-geral citou uma informação revelada só na 96 FM, no Jornal das 6, que foi o fato de que ele soube pela imprensa que o “Ministério Público Estadual foi contra a operação da polícia civil, em razão de não ter constatado elementos suficientes para sua deflagração”. Isso foi trazida em primeira mão por Dinarte Assunção.
96 FM Natal