Pesquisadores da UFRN defendem retorno das aulas após a Páscoa
Foto: Magnus Nascimento
Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde e Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que faz parte do comitê científico que auxilia o Governo do Estado na pandemia da covid-19, sugere que o estado libere a retomada das aulas em formato híbrido nas escolas privadas de Natal. O grupo também recomenda que o Estado e os municípios precisam discutir o retorno das aulas nas escolas públicas, urgentemente.
“Após a Páscoa, deve ser iniciado o retorno às aulas em formato híbrido com 50% da capacidade para as atividades presenciais”, diz o documento. Essa e outras sugestões estão em relatório finalizado na noite da segunda-feira (29).
O grupo também sugere o retorno das aulas no ensino público. “O Estado e todos os municípios precisam, urgentemente, discutir o retorno às aulas das escolas públicas, pois essas são as mais afetadas durante todo o curso da pandemia. As crianças e os adolescentes mais pobres do estado já foram bastante impactados pela falta das aulas presenciais, aspecto esse que poderá ampliar ainda mais a desigualdade social no RN”, cita o relatório.
Analisando os efeitos das medidas restritivas tomadas em conjunto pelo Governo do Estado e prefeituras, foi constatada uma evolução e tendência de queda nos números de internações e na taxa de transmissibilidade. A redução na fila de espera por leitos críticos também foi constatada e, de acordo com os próprios pesquisadores, o fato se deve à ampliação no número de leitos e também às restrições em vigor desde o mais recente decreto publicado em 17 de março.
“A redução dos pedidos de internações em leitos covid-19 pode ser um indicativo positivo do decreto estadual publicado em conjunto com o município de Natal/RN e, também, dos decretos de Parnamirim/RN, São Gonçalo/RN e Ceará-Mirim/RN, os quais seguiram o decreto estadual ou impuseram um decreto ainda mais rigoroso. Esse fator, provavelmente, vem contribuindo para mitigar os efeitos da transmissibilidade e das internações na Região Metropolitana de Natal/RN“, disse o relatório.
Com informações da Tribuna do Norte